Quem foi Esopo?
Esopo, fabulista grego, nascido por volta do ano de 620 a. C. Ignora-se o lugar de seu nascimento; alguns dizem ter sido Samos ou Sardes, enquanto Aristófanes o supôs filho de Atenas. Segundo o historiador Heródoto, Esopo teria nascido na Frígia e trabalhava como escravo numa casa. Há ainda alguns detalhes atribuídos à biografia de Esopo, cuja veracidade não se pode comprovar: seria corcunda e gago, protegido do rei Creso. Dizem que as fábulas de Esopo encantaram tanto o seu dono que este o libertou. Dizem que esse Esopo recebeu honrarias e foi recebido em palácios reais.
Esopo teria sido condenado à morte depois de uma falsa acusação de sacrilégio, ou talvez porque os habitantes de Delfos estivessem irritados com suas zombarias, ou ainda porque suspeitassem de que Esopo teria a intenção de ficar com o dinheiro que Creso lhes tinha destinado. Esopo não deixou nada escrito: as fábulas que lhe são atribuídas pela tradição foram recolhidas pela primeira vez por Demétrio de Falera, por volta de 325 a.C. Antes do advento da impressão, as fábulas de Esopo eram ilustradas em louça, em manuscritos e até em tecidos.
Em suas fábulas os seus animais falam, cometem erros, são sábios ou tolos, maus ou bons, exatamente como os homens. A intenção de Esopo, em seus textos, é mostrar como nós, seres humanos, podemos agir. Discute-se a sua existência real, assim como acontece com Homero. Levanta-se a possibilidade de sua obra ser uma compilação de fábulas ditadas pela sabedoria popular da antiga Grécia.
Seja lá como for, o importante é a imortalidade da obra a ele atribuída. As fábulas de Esopo, contadas e readaptadas por seus continuadores, como Fedro, La Fontaine e outros, tornaram-se parte da sabedoria popular e trazem vários ensinamentos aos seres humanos. Esopo nunca escreveu suas histórias. Contava-as para o povo, que por sua vez se encarregou de repeti-las. Mais de duzentos anos depois da morte de Esopo é que as fábulas foram escritas, e se reuniram às de vários Esopos. Em outros países além da Grécia, em outras civilizações, em outras épocas, sempre se inventaram fábulas que permaneceram anônimas.
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